25 de fevereiro de 2013

Sobre não saber


Eu sempre fantasiei muito as coisas. Sempre, desde pequena. Já escrevi sobre isso. Eu olho pra uma pessoa que nunca vi na vida e traço a sua biografia inteira. Eu não sei nada sobre ela, absolutamente nada. Mas inventar uma história sobre a sua vida inteira, também desperta coisas em mim, boas e ruins, e por isso essa mania nunca vai embora. Eu me sinto ‘cheia’ por não saber e, por isso, poder inventar, e me alimentar dessa invenção.

8 de fevereiro de 2013

Em paz comigo


Prometi que não deixaria que as coisas velhas me afetassem mais e que permitiria, de todo o coração, que o passado passasse de verdade. Que o que ficou para trás não seja tão valorizado e que eu não desprenda tanto tempo e fôlego pensando no que, simplesmente, não tem solução. O que não está ao alcance das minhas mãos é simplesmente observado agora por mim, e já me prometi não sofrer pelo que não tenho como mudar. Tento aprender diariamente o quanto não tenho controle sobre todas as coisas que acontecem ao meu redor e já não me sinto mais tão culpada de não conseguir prever meus próximos passos. Durmo e acordo em paz porque já não ocupo a minha cabeça com bobagens e tenho certeza de que, sempre, tem algo bom que me espera mais adiante. Estou em paz comigo, não tenho nada a esconder, dores a anunciar e pessoas em quem jogar a culpa de tudo o que não está bem. Aconteceu exatamente o que tinha que acontecer. Os próximos passos dependem apenas de mim.

6 de fevereiro de 2013

De volta


Comecei a academia. Comi pão integral. Fiz as unhas e cortei o cabelo de um jeito diferente. Comprei um guarda roupas novo e estou a espera dos móveis da cozinha. Tenho três novas plantas. Fiz meu chimarrão, voltei a ler e aqui estou: também voltei a escrever. Tirei férias do trabalho, de mim, do blog, e me dei ao luxo de também deixar para trás meus medos. Vida nova nas férias! Chegando em casa encontrei tudo exatamente como havia deixado. Tudo. Nada. Um imenso vazio de uma casa estranha, sem pessoas para conversar.